Não Tenha Medo disso.
Afinal: O diabo existe ou não?
A pergunta parece simples, mas há quem acredite que o diabo não exista.
Na Quarta-feira, dia 15/02/06, foi ao ar à noite, na rede 21, canal da TV por satélite DirecTV, uma entrevista com o Padre Oscar Quevedo, ou, mais conhecido como Padre Quevedo. É aquele Padre que tinha um quadro dominical no Fantástico da Rede Globo, o qual tentava provar que fenômenos sobrenaturais não existiam, lembra?
O entrevistador começou seu programa perguntando se o demônio existia. Pe. Quevedo então, como bom orador, deu uma grande volta em suas explicações e no final expôs seus pensamentos sobre os demônios e satanás dizendo:
Satanás e os demônios não existem. São a personificação do mal dentro das pessoas. Para defender sua heresia, o Padre cita a passagem em Mateus em que Jesus se dirige a Pedro usando o termo satanás:
Mt 16:23 Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.
Quevedo então explica dizendo que Jesus estava referindo-se ao grande mal que Pedro falara, tornando-se assim adversário da vontade divina.
De certa forma, Quevedo está certo na análise deste versículo. Isto porque a palavra satanás significa adversário e a palavra diabo significa aquele que divide, separa, o caluniador, o opositor.
Creio que em Mateus 16:23, Jesus não estava dizendo que o diabo estava dentro de Pedro, mas Jesus estava chamando Pedro de Opositor, pois Pedro estava dizendo para Jesus não morrer na cruz:
Mt 16:22 E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso.
Se Jesus não fosse crucificado, não teríamos a salvação eterna e o plano de Deus era que todos tivessem a salvação pela fé no sacrifício único e suficiente do Seu Filho Jesus Cristo.
Logo, Jesus fala que Pedro está se opondo ao plano de Deus para salvação de toda alma.
O problema todo é que o Pe. Quevedo usa esta passagem erroneamente para generalizar sua tese herética de que o diabo e os demônios são o mal que existe nas pessoas. É como se Quevedo estivesse dizendo: assim como Jesus dirigiu-se a Pedro usando o termo satanás, logo o diabo não existe, mas sim o mal que há em nós ( palavras do autor deste artigo).
Porém, devemos lembrar que Jesus falou sim do diabo não como sentimentos ou emoções humanas, mas como um ser real, uma pessoa espiritual que existe, que pensa, que age. A Bíblia, no livro de Apocalipses, também cita o diabo como um ser angelical, que foi expulso do céu, que fez oposição a Cristo, mas que já está condenado e será precipitado para o abismo, o lago de fogo ardente.
Em um site católico, o catolicanet.com.br, um dos internautas falou o seguinte sobre o Padre Quevedo:
Marcos Moncur recrimina e até ameaça: "Sr. Quevedo: a tua retórica é muito bonita e de fácil entendimento. Contudo, somente o ignorante é capaz de acreditar nesses teus insensatos questionamentos. As Sagradas Escrituras nos declaram algo muito claro. Erras porque desconheces a Palavra de Deus. Infelizmente tudo o que escreves e/ou dizes não está em consonância com aquilo que o Senhor Deus nos relata. Um exemplo bem notório das aberrantes teses que afirmas, refere-se à inexistência do Maligno nas vidas dos seres humanos. Ora, amado Quevedo, leia mais a Bíblia, e verás que em todos os livros ocorreu a influencia do Maligno , objetivando a queda e o pecado do homem". "O Senhor Jesus nos fala que nos últimos dias aparecerão os falsos profetas, os enganadores etc. Tenha a certeza de que naquele grande dia o teu sangue será requerido, tendo em vista o percentual de inocentes que 'come´ de tua irreal palavra, ensinamentos esses que não sustentam. No entanto, ainda há tempo, pois Jesus Cristo te ama. Aceita Ele de verdade. Utiliza os teus dons para pregar o Verbo vivo, a santa lei, a palavra que traz conforto e regozijo. Eu amo a tua vida e estou orando por ti. Atenciosamente". .
Entre os católicos, muitos são favoráveis aos ensinamentos de Quevedo, mas muitos o recriminam. A Igreja Católica ensina que o diabo é um ser consciente e que existe. Mas Quevedo não vê desta forma.
Meu ponto neste artigo não é o de apontar os erros de Quevedo, mas é o de afirmar que o diabo existe, mas que há alguns pontos que precisamos ter em vista:
1) O diabo não tem mais poder do que Jesus Cristo
Como servos de Deus somos chamados a repreender as ações de satanás e seus demônios EM O NOME DE JESUS CRISTO, O FILHO DO DEUS ALTÍSSIMO. ( Lucas 10:17,19)
2) O diabo não pode nos tocar ( I João 5:18)
3) Não devemos ficar falando do diabo, como em Igrejas que em todo culto falam de satanás e dos demônios em 90% do culto e só falam de Jesus em 10%. Devemos anunciar a Cristo e a salvação eterna: este sim é o nosso papel primordial.
Este artigo tem como natureza ensinar que o diabo e seus demônios existem, mas que já estão vencidos pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário. (Lucas 4:39; Atos 5:42; I Coríntios 9:16; Colossenses 2:15).
4) O diabo e seus demônios já estão condenados ao fogo eterno (Apocalipses 20:10).
5) Pelo nome do Senhor Jesus, expulsamos e repreendemos os demônios.
Se voce tem algum caso de opressão demoníaca, reveja sua vida com Deus, busque a santidade, e no nome do Senhor Jesus Cristo expulse este demônio de sua vida. Se achar necessário convoque um pastor e irmãos da Igreja para orar por você. Deus não quer ver seus filhos cativos, pois Jesus já nos libertou há mais de 2000 anos atrás. ( Lucas 10:17,19; Joao 14:13,14; Colossenses 1:13 O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor).
Caso você precise de oração sobre algum tipo de opressão demoníaca em sua vida, escreva para mim. O apóstolos Paulo nos ensina que devemos levar as cargas uns dos outros :
Gálatas 6:2 - Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.
Minha conclusão não é reafirmar que o diabo e os demônios existem. Basta uma leitura séria do Novo Testamento para verificar que estes anjos caídos, afastados da glória celeste, existem e estão entre nós procurando afastar a quem o possam do Reino Celeste e afastar-nos da comunhão com Deus.
Minha conclusão é que apesar de eles existirem, JESUS EXISTE também, assim como O ESPIRITO SANTO e JEOVÁ, O PAI, os quais estão sempre a nosso favor. Jesus disse: ... eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos ... Mateus 28:20b. Esta promessa é real. Jesus, nosso Intercessor, nosso Salvador, nosso Senhor, nosso Rei, nosso Deus, está conosco todos os dias. Ele é O Leão da Tribo de Judá. Ele venceu o diabo e seus demônios e hoje tem todo poder para anular as forças malignas de tua vida. Basta crer e confiar.
Abraço cordial em Cristo Jesus, nosso Senhor e Rei Eterno.
LADO ATEU:
Há duas maneiras de estudar e procurar resolver o problema da existência de Deus.
A primeiro consiste em eliminar a hipótese Deus do campo das conjecturas plausíveis ou necessárias, por meio de uma explicação clara e precisa, isto é, por meio de uma exposição de um sistema positivo do Universo, das suas origens, dos seus desenvolvimentos sucessivos, dos seus fins. Esta exposição inutilizaria a ideia de Deus e destruiria antecipadamente a base metafísica em que se apoiam os teólogos e os filósofos espiritualistas.
Dado, porém, o estado atual dos conhecimentos humanos, em tudo o que tem sido demonstrado ou passa a demonstrar-se, verificado ou verificável, somos forçados a concluir que nos falta esta exposição e que não existe um sistema positivo do Cosmos. Existem, é certo, várias hipóteses engenhosas que não se chocam com o razão; sistemas mais ou menos aceitáveis que se apoiam numa série de investigações, que se baseiam na multiplicidade de observações contínuas e que dão um caráter de probabilidade impressionante. Também se pode afirmar, sem receio de ser desmentido, que esses sistemas, essas hipóteses, suportam vantajosamente as asserções deístas. Mas a falar a verdade, não há, sobre este posto, senão teses que não possuem ainda o valor da exatidão cientifica; — cada um, no fim das contas, tem a liberdade de preferir tal ou qual sistema a um outro que lhes é oposto; e a solução do problema assim apresentado afigura-nos, pelo menos na atualidade, cheio de reservas.
Os adeptos de todas as religiões aproveitam assim as vantagens que lhes oferece o estudo deste problema, bem árduo e bem complexo, não para o resolver por meio de afirmações concretas ou de raciocínios admissíveis, mas tão-somente para perpetuar a dúvida no espírito de seus correligionários, que é, para eles, o ponto de capital importância.
E nesta luta titânica entre o materialismo e o deísmo, luta em que as duas teses opostas se empenham e se reforçam para conseguir o triunfo, os deístas recebem rudes golpes; e, conquanto se encontrem numa postura de vencidos, ainda tem a petulância de se apresentar à multidão ignara como dignos cantores da vitória! Uma prova concludente do seu procedimento baixíssimo encontramo-la na maneira como se exprimem nos jornais da sua devoção; e é com essa comédia que procuram manter, com cajado de pastor, a imensa maioria do rebanho.
Também é isto que desejam ardentemente esses maus pastores.
Apresentação do Problema em Termos Precisos
Todavia, há uma segunda maneira de estudar e de tentar a resolução da inexistência de Deus: consiste em examinar a existência de Deus que as religiões apresentam à adoração dos crentes.
Suponhamos que se nos depara um indivíduo sensato e refletido, que admite a existência de Deus — um Deus que não está envolto em nenhum mistério, um Deus que não se ignora nenhuma particularidade, um Deus que lhe confiou todo o seu pensamento e lhe transmitiu todas as suas confidências, e que nos diz:
— Ele fez isto e aquilo, e ainda isto e aquilo. Ele tem precedido e falado com tal fim e com tal razão. Ele quer tal coisa, mas também quer tal outra coisa. Ele recompensará tais ações, mas punirá tais outras. Ele fez isto e quer aquilo, porque é infinitamente sábio, infinitamente justo, infinitamente poderoso, infinitamente bom!
Ah! Que felicidade! Ora aqui está um Deus que se faz conhecer. Abandona o império do inacessível, dissipa as nuvens que o rodeiam, desce das alturas, conversa com os mortais, expõe-lhes o seu pensamento, revela-lhes a sua vontade e confia a alguns privilegiados a missão de espalharem a sua Doutrina, de propagarem a sua Lei, de a representarem enfim, cá em baixo, com plenos poderes para mandarem no Céu e na Terra.
Este Deus não é, com certeza, o Deus Força, Inteligência, Vontade, Energia, que, como tudo o que é Energia, Vontade, Inteligência, Força, pode ser alternadamente, segundo as circunstancias e, por consequência, indiferentemente, bom ou mau, útil ou inútil, justo ou iníquo, misericordioso ou cruel. Este Deus é o Deus em que tudo é perfeição e cuja existência não é nem pode ser compatível — visto que ele é perfeitamente sábio, justo, bom, misericordioso — senão com um estado de coisas criado por ele e no qual se afirmariam a sua infinita justiça, a sua infinita sabedoria, o seu infinito poder, a sua infinita bondade e a sua infinita misericórdia.
Este Deus é o Deus que, por meio de catecismo, nos insuflam no cérebro quando somos crianças; é o Deus vivo e pessoal, em honra do qual se erguem templos, a quem se rezam orações em borda, por quem se fazem sacrifícios estéreis e a quem pretendem representar, na Terra, todos os clérigos, todas as castas sacerdotais.
Este Deus não é o “desconhecido”, essa força enigmática, essa potência impenetrável, essa inteligência incompreensível, essa energia incognoscível, esse princípio misterioso: hipótese, enfim, que no meio da impotência para explicar o “como” e o “porquê” das coisas, o espírito do homem aceita complacente. Este Deus também não é o Deus especulativo dos metafísicos: é o Deus que os seus representantes nos tem descrito abundantemente e luminosamente detalhado. É o Deus das religiões, e como estamos na França, é o Deus dessa religião que a quinze séculos domina o nossa história: a religião católica ou cristã. É o Deus que nego e que vou discutir. É o Deus que estudaremos, se quisermos obter, desta exposição filosófica, algum proveito e algum resultado prático.
Quem é Deus?
Visto que os encarregados de seus negócios no Terno tiveram a amabilidade de no-lo descrever com toda a pompa e luzimento, aproveitemos a fineza e examinemo-lo de perto, detidamente: para discutir uma coisa, é preciso, igualmente, conhecê-la bem.
Com um gesto potente e fecundo, este Deus fez todas as coisas do nada: o ser do não-ser. E, por sua própria vontade, substituiu o movimento pela inércia, a vida universal pela morte universal. É um Deus Criador!
Este Deus é o Deus que, terminada a obra da criação, em vez de volver à inatividade secular, ficando indiferente à coisa criada, ocupa-se de sua obra, interessando-se por ela, intervém nela quando o julga necessário, rege-a, administra-a, governa-a: é um Deus Governador ou Providência.
Este Deus é o Deus arvorado em Tribunal Supremo, obriga, depois da morte, a comparecer à sua presença todos os indivíduos. Uma vez aí, julga-as segundo os atos de suas vidas; pesa, na balança, as suas boas e más ações e pronuncia, em último extremo — sem apelo nem agravo — a sentença que fará do réu, pelos séculos dos séculos, o mais feliz ou o mais desgraçado dos seres: É um Deus Justiceiro ou Magistrado.
Logo, este Deus possui todos os atributos; e não é somente bom: é a Bondade Infinita; não é somente misericordioso: é o Misericórdia Infinita; não é somente poderoso: é o Poder Infinito; não é somente sábio: é a Sabedoria Infinita.
Em conclusão: tal é o Deus que eu nego e que por doze provas diferentes (em rigor bastaria uma só), vou demonstrar a inexistência.
Divisão do Problema
Dividi os meus argumentos em três séries: a primeira trataria particularmente do Deus-Criador e compor-se-á de seis argumentos; o segundo ocupar-se-á do Deus-Governador ou Providência, e contém quatro argumentos; a terceira apresentará o Deus-Justiceiro ou Magistrado, em dois argumentos. Em suma, seis argumentos contra o Deus-Criador, quatro contra o Deus-Governador e dois argumentos contra o Deus-Justiceiro. Estes doze argumentos constituem doze provas da inexistência de Deus.